quarta-feira, 18 de setembro de 2013

FORÇA ELÁSTICA E FORÇA CENTRÍPETA

FORÇA CENTRÍPETA

01. Na figura abaixo aparece, no ponto P, um carrinho de massa m, que percorre a trajetória indicada da esquerda para a direita. A aceleração escalar do carrinho é constante. As setas enumeradas de I a V representam o sentido da força centrípeta que podem estar relacionados com a situação proposta, assim podemos concluir que o sentido correto está representado em

a) I     b) II     c) III     d) IV     e) V
A força centrípeta tem sentido voltado para o centro.

02. Determine a força normal em cada caso abaixo representadas por FA, FB e FC, conforme os dados da velocidade escalar e da massa em cada item, sabendo que o raio descrito é de 2 m:
a) R = 2 m, mA = 4 kg e VA = 5 m/s

I. FCP = mA.VA2/R = 4.52/2 = 4.25/2 = 100/2 = 50 N.
II. PA = mA.g = 4.10 = 40 N.
III. FCP = P + FN  → FA = FCP – P = 50 – 40 = 10N.


b) R = 2 m, mB = 4 kg e VB = 3 m/s

I. FCP = mB.VB2/R = 4.32/2 = 4.9/2 = 36/2 = 18 N.
II. PB = mB.g = 4.10 = 40 N.
III. FCP = P – FN  → FB = P – FCP = 40 – 18 = 22 N.

c) R = 2 m, mC = 4 kg e VC = 3 m/s

I. FCP = mC.VC2/R = 4.32/2 = 4.9/2 = 36/2 = 18 N.
II. PC = mC.g = 4.10 = 40 N.
III. FCP = FN –  P → FC = FCP + P = 18 + 40 = 58 N.

03. Um bloco de massa 5,0 kg descreve movimento circular e uniforme sobre uma mesa horizontal perfeitamente polida. Um fio ideal, de 1,0 m de comprimento, prende-o a um prego C, conforme ilustra o esquema:


Se a força de tração no fio tem intensidade 125 N, qual a velocidade escalar do bloco, em m/s?
FCP = m.V2/R  → 125 = 5.V2/1  → 125 = 5.V2  V2 = 125/5  →  V2 = 25 → V = 5 m/s.

04. Na figura a seguir, vemos, de cima, um antigo toca-discos apoiado sobre uma mesa horizontal. Sobre o prato do aparelho, que em operação gira no sentido horário, foi colocada uma pequena moeda M, que não escorrega em relação à superfície de apoio.

Qual das setas numeradas de I a V melhor representa a força centrípeta em M?
a) I.     b) II.     c) III.     d) IV.     e) V.
A força centrípeta tem sentido voltado para o centro.

05. Igor é um engenheiro de bordo da nave espacial Vostok II, orbitando a Terra, em uma trajetória circular, a uma altitude de 630 km, com velocidade escalar de 7,0 km/s. Considerando o raio da Terra igual a 6370 km e sendo a massa de Igor igual 80 kg, a força centrípeta, em Newtons, que atua em Igor é igual a:
a) 800       b) 630      c) 560      d) 420
I. R = 6370 + 630 = 7000 km = 7 000 000 m = 7.106 m.
II. V = 7 km/s = 7000 m/s = 7.103 m/s.
III. FCP = m.V2/R = 80.(7.103)2/7.10680.49.106/7.106 = 80.7 = 560 N

FORÇA ELÁSTICA

06. O gráfico ao lado mostra como varia a intensidade da força de tração aplicada em uma mola em função da deformação estabelecida:


Determine:
a) a constante elástica da mola (em N/m);
F = k.x →  50 = k.0,2 → k = 50/0,2 = 250 N/m. (x = 20 cm = 0,2 m)

b) a intensidade da força de tração para a deformação de 5,0 cm.
F = k.x = 250. 0,05 = 12,5 N. (x = 5 cm = 0,05 m)

07. Determine a constante elástica equivalente em cada caso abaixo:
a)

Analisando a figura temos:

I. KP = 2 + 22 = 24 N/m.
II. KS = 40.60/(40 + 60) = 2400/100 = 24 N/m.
Assim teremos:

III. KEQ = 24/2 = 12 N/m.

b)

Analisando a figura temos:

I. KP = 10 + 10 = 20 N/m.
II. KS = 10/2 = 5 N/m.
Assim teremos:

III. KEQ = 20.5/(20 + 5) = 100/25 = 4 N/m.

08. Na figura abaixo um corpo de massa M1 = 20 kg se encontra em equilíbrio através de uma mola de constante elástica de 500 N/m. Despreze a resistência do ar e qualquer forma de atrito e determine a deformação da mola em m:

FELÁSTICA = P → k.x = m.g → 500.x = 20.10 → x = 200/500 = 0,4 m.

09. Durante os exercícios de força realizados por um corredor, é usada uma tira de borracha presa ao seu abdome. Nos arranques, o atleta obtém os seguintes resultados:
Δx representa a elongação da tira.

O máximo de força atingido pelo atleta, sabendo-se que a constante elástica  da tira  é de 300 N/m e que obedece à lei de hooke, é, em N:
A) 84       B) 65      C) 56       D) 48      E) 27
Fel = K.x para Fmáx → xmáx, logo: Fel = 300.0,28 → Fel = 84 N. (x = 28 cm = 0,28 m)

FORÇA DE ATRITO

10. Considere um cabo-de-guerra sobre um piso liso entre dois rapazes que estão calçando meias e duas moças calçando sapatos com solas de borracha. Por que as moças vencem?
Porque a força de atrito a que estão sujeitas é mais intensa que a força de atrito sobre os rapazes.

11. Para evitar que seus pais, que já são idosos, não sofram acidentes no piso escorregadio do quintal da casa, Sandra contratou uma pessoa para fazer ranhuras na superfície desse piso – atitude ecoprática que não gera entulho, pois torna desnecessária a troca do piso. O fato de o piso com ranhuras evitar que pessoas escorreguem está ligado ao conceito físico de:
a) atrito.     b) empuxo.    c) pressão.    d) viscosidade.     e) condutibilidade.

12. O Grande Prêmio (GP) de Mônaco é o GP mais lento da F1: a média de velocidade não passa dos 140 km/h. Mas nesse traçado não faltam emoções: como é uma pista urbana, ao menor cochilo, o piloto pode acabar no guard-rail. Pilotos brasileiros tinham opiniões antagônicas a seu respeito. Enquanto Nélson Piquet detestava correr ali, afirmando que era como andar de bicicleta dentro de uma sala apertada, Ayrton Senna venceu 6 vezes nas ruas do Principado, recorde que permanece até os dias de hoje. Em Mônaco, por se tratar de um circuito de baixa velocidade, os pilotos optam por aerofólios muito inclinados, para garantirem uma maior downforce (força de natureza aerodinâmica, que aponta para baixo, como sugere o termo em inglês). Marque a opção que representa a melhor explicação física para esta escolha dos pilotos.
a) Em circuitos de rua, com velocidades mais baixas, os carros consomem menos combustível e, portanto, podem andar mais leves. Daí, para compensar o peso menor, a força aerodinâmica para baixo deve ser aumentada por meio dos aerofólios inclinados;
b) Em circuitos sinuosos e de baixa velocidade, é preciso que haja um forte atrito entre os pneus e o solo para que os pilotos consigam fazer as curvas. Como o atrito é proporcional à normal e esta aumenta quando aumenta a intensidade das forças para baixo (peso e downforce), aerofólios mais inclinados devem ser usados nesse tipo de circuito;
c) Em circuitos de rua, torna-se mais difícil aquecer os pneus até a temperatura adequada. A baixas velocidades, isto só é possível “empurrando” o carro para baixo com uma força maior do que seu peso;
d) Em circuitos de baixa velocidade, pilotos adversários podem se aproveitar facilmente do “vácuo”, ou seja, da baixa pressão deixada pelo carro que vai à frente. Ao usarem uma maior inclinação dos aerofólios, particularmente os traseiros, torna-se mais difícil a aproximação do adversário que vem de trás para tentar a ultrapassagem.
Com os aerofólios mais inclinados, a força para baixo exercida é maior, aumentando desta forma a força de contato e consequentemente o atrito.

13. No urbanismo e na arquitetura, a questão da acessiblidade tem recebido grande atenção nas últimas décadas, preocupação que pode ser verificada pela elaboração de normas para regulamentar a acessibilidade.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da norma NBR 9050 elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade, define:

- Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.
- Rampa: Inclinação da superfície de piso, longitudinal ao sentido de caminhamento. Consideram-se rampas aquelas com declividade igual ou superior a 5%.
A figura apresenta uma rampa com 5% de inclinação, sobre a qual se encontra uma pessoa em pé e parada. Para facilitar a visualização, o desenho não está apresentado em escala.

A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a seguinte equação:
  


Considerando as informações acima apresentadas, assinale o item correto:
a) Ao subir na rampa percebe que sobre a pessoa atuam a força peso e a força centrípeta.
b) Devido ao atrito estático que existe entre a pessoa e a rampa, a pessoa pode caminhar com segurança sobre a mesma.
c) O coeficiente de atrito mínimo para que a pessoa não deslize ao caminhar nesta rampa é igual a c/h.
d) Uma rampa com inclinação de 10% apresenta o dobro da altura de uma rampa de declinação de 5%.
e) Quanto maior a inclinação, menos esforço a pessoa realiza ao subir.

14. Nas estradas de mão única, quando não há movimento, é comum observarmos motoristas que se comportam como o mostrado na Situação 1: procurando seguir as curvas determinadas pela estrada, enquanto que outros, como o mostrado na Situação 2, para a mesma estrada, procuram retificar as curvas determinadas pela estrada. 

Sobre as duas situações descritas, a alternativa que melhor aplica os conceitos físicos a cada uma delas é
a) o motorista da situação 2 sente mais o efeito da inércia, seu carro precisa de mais força de atrito para trafegar e, consequentemente, ele gasta mais os pneus.   
b) o motorista da situação 2 sente mais o efeito da inércia, seu carro precisa de mais força de atrito para trafegar e, consequentemente, ele gasta menos os pneus.    
c) o motorista da situação 1 sente menos o efeito da inércia, seu carro precisa de mais força de atrito para trafegar e, consequentemente, ele gasta menos os pneus.    
d) o motorista da situação 1 sente mais o efeito da inércia, seu carro precisa de menos força de atrito para trafegar e, consequentemente, ele gasta menos os pneus.    
e) o motorista da situação 2 sente menos o efeito da inércia, seu carro precisa de menos força de atrito para trafegar e, consequentemente, ele gasta menos os pneus.    
Todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso; todo corpo em movimento tende a se deslocar em movimento retilíneo e uniforme. É o que afirma a lei da inércia. Portanto, os efeitos da inércia são sentidos quando o corpo está sofrendo aceleração. No caso da estrada sinuosa mostrada, há tendência do móvel sair pela tangente, necessitando de uma resultante centrípeta para realizar a curva. A intensidade dessa resultante é inversamente proporcional ao raio da curva (FCP = m.V2/R). Então, para sentir menos o efeito da inércia, tenta-se aumentar o raio da curva, fazendo-a da maneira mais suave, como na situação 2, diminuindo a resultante centrípeta, provocada pelo atrito nos pneus.

Lembrando que a terceira lei de Newton é a ação-reação e a segunda lei é FR = m.a. A inércia é aplicação da primeira lei.

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